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Tradição e Modernidade

Quando e onde começou a franco-maçonaria? Onde postular as origens da maçonaria? Como surgiu? Qual o momento criador/fundador? Como foi feita a transmissão?

Donde vimos nós, que gostamos de nos proclamar filhos e filhas do Progresso?

Herdeiros (as) dos construtores de catedrais? Fonte mítica da nossa tradição ou do Século das Luzes ? Século em que se desenvolveram um pouco por toda a parte, os espaços denominados Lojas.

A maçonaria moderna não tem ainda três séculos. Nasceu em Inglaterra em 1717, com a fundação da Grande Loja de Londres. Herdeira directa dos construtores medievais, denomina-se “especulativa” por oposição aos “operativos” que trabalhavam nas catedrais. Desde 1723, as Constituições do pastor James Anderson, estabelecem esta filiação mítica, outros ma çons recuando ainda mais no tempo, procuraram, mais fundo, as raízes desta tradição.

Contudo, é através da utilização dos mesmos instrumentos operativos que os maçons especulativos balizam as suas reflexões –a colher de pedreiro, o esquadro, o compasso, o cinzel....- , assim como, recorrendo a outros elementos pedidos emprestados à Bíblia, à geometria e à construção, símbolos que ao longo de gerações apelam ao maçon e à maçona para trabalhar sobre si mesmo. Não é fácil determinar a origem de cada símbolo, pois não podem ser entendidos isoladamente, fazem parte de um todo e de uma tradição, cuja interpretação é distinta para um (a) Iniciado(a), que não deseja construir um edifício de pedra, mas uma obra espiritual, ou intelectual, um “Templo da Humanidade”, pela transformação real do ser humano. Este ideal só é possível através de uma tradição e de um método que une os maçons e maçonas de todo o mundo e que passa de geração em geração.

E o que significa Tradição? Significa Transmissão e esta é o elemento de coesão – o cimento- “ A Maçonaria é uma Ordem Iniciática Tradicional....”

e se essa transmissão for oral, ao longo dos séculos, onde os livros eram desconhecidos? As crenças, os contos de fadas, os mitos.... não são mais do que transmissões orais, cujas personagens mudaram segundo a geografia e a cultura, mas a componente moral essa permaneceu e transmitiu-se, inscrevendo-se na consciência. A tradição não são regras, estatutos, são usos e costumes que regulam a vida das pessoas através das experiências. É aos mais antigos, aos mais sábios, que compete transmitir esta sabedoria, através de processos que assegurem a continuidade de uma cadeia ininterrupta; é uma sabedoria que se transmite através da observação, da meditação e da imitação, para isso o silêncio impõem-se, para que a memória retenha o essencial a fim de que possa ser transmitido, como uma herança.

No caso da maçonaria a tradição herdada confere-lhe legitimidade e está ratificada pela Maçonaria Universal, é um ponto de referência. A multiplicação das Obediências com as suas próprias especificidades, têm presentes a aquisição da tradição, os significados que dela emanam e que ligam o passado ao presente, através da prática de um mesmo ritual e de um mesmo método que coloca o ser humano na sua dimensão cósmica.

E que lugar tem a maçonaria no século XXI? Que lugar tem esta instituição nas sociedades modernas onde a necessidade de inovar surge diariamente? O tempo não a fracturou, percorre o seu caminho mais procurada do que nunca, não obstante as mudanças verificadas na história coeva.

Hoje, as Lojas são uma mistura de ideias, de personalidades, de origens sociais e também de gerações, onde somos obrigadas a eliminar as aparências para que o essencial do ser seja revelado, para ordenar não só à própria existência mas também o relacionamento com os outros e com o Universo.

A confrontação das ideias e o sentido crítico fazem também parte dos nossos instrumentos que nos ajudam a traçar o projecto de um todo que nos esforçamos por ligar aos grandes movimentos dos tempos modenos.

O método maçónico , vindo das profundezas do tempo, surpreende pela sua modernidade, é o instrumento fundamental para o ser humano conhecer-se a si próprio e construir uma Sociedade mais justa e esclarecida. Com efeito, o trabalho maçónico é uma progressão contínua, cujos diferentes graus marcam as etapas, como um jogo de espelhos em que cada Iniciada possa prosseguir a sua viagem, na procura de uma dimensão moral e espiritual, dada pela tradição e pela forma tradicional da Iniciação.

No tempo conturbado em que vivemos, cercadas pelas as injustiças, pelos fundamentalismos..... em suma, pela desordem, nós maçonas acreditamos que graças aos princípios que defendemos e aos nossos valores humanistas temos o dever de “continuar no exterior a obra começada no Templo”

FUENTE: Gran Logia Femenina de Portugal

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