Meus queridos IIr:. Da G:.L:.U:.S:.A:.
E demais plenipotenciárias Obediências Maçônicas.
S:. S:. S:.!
Cada irmão, após passar pela estimulante jornada de fundação do Supremo Conselho – SUCRES, chegou com saúde e paz nos mais distantes rincões do Brasil e da América, levando consigo a esperança numa Maçonaria renovada. O evento em si, marcado pela simplicidade com a qual comungam todos os nobilíssimos irmãos, demonstrou claramente uma plataforma ideológica emanada dos altos corpos da GLUSA e de seu respectivo Supremo Conselho.
Devemos atentar para essa proposta com o fito de, individualmente, poder repassá-la a cada irmão de outra Obediência e aos leigos que nos celebram como a mais nova experiência maçônica das Américas, além de fazer dessa plataforma uma base de apoio ética para nossas ações maçônicas. Pelo teor das falas, mormente das práticas visíveis e subliminares dadas e traçadas pela cúpula da nova potência, extrai-se uma plataforma política, filosófica e social de cunho altamente democrática e democratizante.
Perdoem-me pelo excesso de zelo no trato da matéria, contudo como iniciamos a nossa trajetória rumo à grandeza maçônica, é preciso traçar as primeiras linhas de uma doutrina própria e independente e, assim, de forma pioneira, atrevemo-nos a antever os rumos da obediência que mais cresce na América do Sul. Politicamente, a GLUSA comporta-se de forma a permitir acessibilidade aos profanos que nunca foram convidados a ingressar na Arte Real, por motivos vários, inclusive aqueles que tangenciam à carência de recursos. Rompendo paradigmas, é certa a participação maciça de numerosos irmãos que não se comportam de forma monetarista, mirando o status financeiro como elemento central para o sucesso da instituição.
Não por outra razão é que creditamos um cunho democrático à GLUSA, porque recebeu em seu seio homens livres e de bons costumes que não são valorados eminentemente pelas condições que ostentam, nem sociais, nem políticas e muito menos econômicas. Percebe-se, na efeméride recente, uma convenção de irmãos que não se encontram em patamares idênticos de conforto e estabilidade dos demais, de outras ordens, o que importa concluir a natureza aberta de uma Maçonaria que não exclui e sim inclui,na nova prática política de solidariedade antecedente.
Assim, os laços de união que enovelam todos os participantes antecedem mesmo o ingresso dos profanos nos templos, porquanto não é necessária uma prévia análise sobre as condições financeiras de cada sindicado. Assim, aqueles de menor poder aquisitivo têm as mesmas prerrogativas da minoria, o que inaugura um rompimento com um antigo paradigma de seletividade e exclusão sistemática de cidadãos que reúnem todas as condições para o ingresso na Arte Real, mas que eram tolhidos por motivos essencialmente monetários. Sabemos todos nós que as Obediências tradicionais estão fadadas à autofagia, quando enclausuram-se em padrões sociais e ficam ensimesmadas com critérios sociais completamente ultrapassados.
Filosoficamente, a GLUSA caracteriza-se pela natureza democratizante de acesso aos irmãos ao conhecimento superior, dispensando os discursos altamente suspeitos de elevação, exaltação e investiduras exclusivamente em favor pessoal ou decorrente de compra de diplomas e graus. Dizia-se sempre que os altos graus era forma de arrecadação complementar às potências, o que foi desmentido pela história de 21 de abril de 2007. Percebeu-se que, numa das raras oportunidades da História da Maçonaria Brasileira, não houve favorecimentos de caráter puramente pessoal ou decorrente de livre barganha com graus superiores. O recém-criado SUCRES comportou-se pelo critério da isonomia, investindo os mestres maçons aptos a galgarem mais um degrau da escalada filosófica, concomitantemente compondo o quadro interno de Inspetores com muita acuidade e critério.
Deste último item, colhe-se um claro direcionamento por preferir os fundadores que são os pilares das Lojas Simbólicas espalhadas pelo Brasil, responsáveis por cumprir uma árdua tarefa de estudos aplicados e fundação das Lojas de Perfeição, dos Capítulos e dos Conselhos Estaduais, além dos vindouros Grãos-Mestrados regionais e das Inspetorias, além das Delegacias já existentes.
Dileto irmão: agora temos referenciais para os quais hão de convergir as duvidas e ansiedades de esclarecimento de todo o nosso povo maçônico e, dessa forma, essa incumbência concedida pelo SUCRES é mais uma responsabilidade que privilégio. Meus caros, o mestrado maçônico é o ápice do simbolismo, o que demanda o domínio completo da jornada original da Maçonaria. Ser mestre não é vantagem e sim enorme ônus por iluminar a todos com comportamentos éticos exemplares e inteiro domínio dos arcanos. De outro giro, o Grau 33 no qual foram investidos os nossos mestres é mais um fardo que deve pesar nos ombros dos Grandes Irmãos, sendo que o estudo e a disciplina pessoal na conduta devem refletir o merecimento pelo qual foram consagrados.
Assim, concluímos não ter havido leilão privado por graus e cargos, ao mesmo tempo em que o acesso aos graus superiores será aviado com presteza, na proporção da demanda de estudos. Com relação às discussões simbólicas e filosóficas, fomos brindados com o convite do 1º Congresso de Estudos de Simbologia e Filosofia da GLUSA, pelo povo maçônico do sul, que eriça a possibilidade de renovar nosso encontro nos dias 18 e 19 de agosto próximo, o que será mais uma oportunidade para confirmação das pretensões filosóficas do SUCRES e da própria Obediência.
Socialmente, a novel potência maçônica ainda não dispõe de qualquer condição para encampar projetos próprios, objetivando a intervenção direta e positiva na sociedade brasileira. Todavia, a responsabilidade social é o norte das Lojas Simbólicas que, após estruturarem-se convenientemente em templos próprios e expandir sua capacidade, certamente se lançarão nessa verdadeira cruzada pela transformação social e política de nosso país, último escopo do maçom moderno, após superados os antigos e originais objetivos corporativos da Ordem.
Em resumo, esse é o tripé da plataforma da GLUSA e dos SUCRES: democrática com os irmãos e democratizante, na medida em que já vai se infiltrando no imaginário de outros irmãos de outras obediências já cansados das práticas tradicionais, excludentes e discriminatórias.
A simples comparação entre as políticas aqui desenhadas e o conteúdo visivelmente fatigado das demais doutrinas, já trás consigo a certeza do novo enfoque brasileiro sobre Maçonaria e, nesse ritmo, a potência tende a crescer de três formas distintas – multiplicando as Lojas já existentes pela partição sem rixas ou quaisques dissensões, ou seja, nascimento programado de outras unidades; intensificando o acesso de novos membros, até então privados da vivência maçônica por critérios unicamente financeiros; e, finalmente, pela conscientização de outras Lojas, de outros irmãos, de outras potências que a proposta apresentada converge, agrega, fortalece cada participante e a unidade matriz da instituição, ao contrário de fomentar a disputa pelo poder.
Meus queridos irmãos da GLUSA: escusando-me por me alongar nessas palavras, gostaria de mais um pouco de atenção de todos, porquanto se trata de nova exortação.
Proximamente, nosso Sereníssimo Grão Mestre dará por nós um passo importante para alçarmos vôos mais distantes e fundamentais para nossa consolidação diante do mundo maçônico brasileiro, americano, europeu e mundial. Gostaria de um pouco da reflexão de cada um sobre a chance concedida de se tornar maçom, viver e fazer Maçonaria e do pouco sacrifício empregado até aqui. É preciso, nessa altura, solidarizar-se com o Grão-Mestrado a fim de que possamos, por meio dele, extravasarmos as fronteiras brasileiras. Perguntem-se todos: o que posso fazer, como fazer e como acelerar nosso crescimento pessoal e institucional.
Eis aí a tarefa emergencial para todas as Lojas confederadas da GLUSA, a fim de que possamos dar um passo decisivo para a consolidação desse projeto político e filosófico de Maçonaria acessível, democrática, livre e solidária. Paz e saúde a todos os irmãos – é o desejo desse irmão menor que se despede com um tríplice e fraternal abraço a cada elo dessa corrente, cada nota dessa sinfonia que é a Maçonaria.
M:.M:. EDUARDO MAHON
A:.R:.L:.S:. RENOVAÇÃO CUIABANA 08
GLUSA - Grande Loja Unida Sul Americana.
"Per Amore, Justitia et Honor"
(dístico gentilmente traduzido para o latim pelo Ir.'.José Castellani)
MAÇONARIA DO TERCEIRO MILÊNIO.
POTÊNCIA FUNDADORA DA C.'.C.'.P.'.M.'.A.'.
CONFEDERAÇÃO CONTINENTAL DE POTÊNCIAS MAÇÔNICAS DAS AMÉRICAS
(A.'.M.'.C.'. - The of América's Masonic Confederation)
2007 - ANNO II
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Esboçando uma Plataforma.
lunes, abril 23, 2007