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A afirmação no mundo profano

na mensagem do Grão-Mestre à Dieta

O ano de 2007 “ficou, sem dúvida, marcado pela realização do I Encontro Internacional de Lisboa sobre o tema “Religiões, Violência e Razão”. Tratou-se de uma aposta ambiciosa mas reconhecidamente ganha”, reconheceu o Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano - Maçonaria Portuguesa, António Reis, na mensagem que dirigiu à Grande Dieta, reunida em Lisboa no passado dia 22 de Setembro. Tratava-se, nesse passo, da crescente afirmação do GOL no mundo profano.

Ainda sobre o I Encontro Internacional de Lisboa, António Reis salientou “a importância e actualidade das questões abordadas, a qualidade das mais de duas dezenas de comunicações apresentadas tanto por ilustres personalidades profanas como por irmãos maçons - entretanto já acessíveis no nosso portal na Net e em breve por edição em DVD -, a participação de qualificados representantes de obediências amigas do Brasil, Espanha, França, Itália, Suíça, Grécia e Turquia, bem como de representantes de diferentes confissões religiosas, as numerosas inscrições registadas e a repercussão mediática obtida, fizeram desta iniciativa um indiscutível êxito de que todos nos devemos orgulhar”.

Na mensagem também sublinhou que “defender e difundir os nossos valores no mundo profano passa também, e muito, por este género de actividades. Entendeu o Conselho da Ordem, ouvido o Grande Conselho Maçónico, que os Encontros Internacionais deverão de futuro realizar-se bienalmente, alternando com Encontros Nacionais abertos também à sociedade civil e dedicados a temáticas de natureza profana, que oportunamente serão definidas”.

Depois de referir que “ao longo do ano, o Grémio Lusitano promoveu ainda o lançamento de alguns livros nas suas instalações, bem como conferências e colóquios”, disse: “Também alguns dos grémios a ele associados se distinguiram neste género de actividades abertas ao exterior, o que é sempre de saudar. Em alguns jantares-debate tive mesmo a oportunidade de proferir breves intervenções na qualidade de Grão-Mestre”.

António Reis chamou também a atenção para o facto de a 18 e 19 de Outubro, ter lugar num hotel de Lisboa “o I Encontro Internacional de Cultura Maçónica, organizado pela Academia Maçónica Internacional de Letras e a Academia Portuguesa de Letras, Artes e Ciências Maçónicas, e com o patrocínio do Grémio Lusitano”, durante o qual proferirá “uma alocução de homenagem a Gomes Freire de Andrade. Serão abordados temas de natureza profana à luz dos valores e princípios maçónicos”.

Anunciou que, no dia 7 de Dezembro, “está prevista a abertura de uma exposição comemorativa do centenário da investidura de Sebastião Magalhães Lima como Grão-Mestre do Grande Priente Lusitano. Cargo que exerceu até à sua morte, em 7 de Dezembro de 1928″.

O Cinco de Outubro último e as comemorações do centenário da implantação da República mereceram uma atenção muito especial no conjunto da mensagem, que intrgrou no “património histórico do Grande Oriente Lusitano (…) o seu reconhecido e decisivo papel na organização e desencadeamento da Revolução Republicana”.

António Reis antecipou “a próxima criação de uma Associação Nacional para as Comemorações do Centenário da República, com a participação do Grémio Lusitano, dos Centros Republicanos e de outras organizações da sociedade civil, associação esta que se deverá assumir como interlocutora da futura comissão oficial das comemorações, que gostaríamos de ter visto já nomeada pelo Governo da República”.

Para além da “urgência dessa nomeação”, António Reis sublinhou “a necessidade de defesa permanente do valor republicano e maçónico da laicidade, agora que o Governo da República acaba de apresentar um projecto de diploma regulador das capelanias hospitalares, já alvo de protestos por parte da Conselho Permanente da Conferência Episcopal da Igreja Católica”.

Reservou a parte final da sua mensagem para “dar conta do modo como o Grão-Mestre tem vindo a intervir na sociedade profana, em representação do GOL particularmente através dos meios de comunicação social”

Mais adiante, afirmou: “Estou convicto de que o saldo da nossa política de comunicação tem vindo a ser largamente positivo. Assim, ao longo do ano dei uma longa entrevista à Revista Única do maior semanário português - o Expresso -, cuja publicação coincidiu com a abertura dos I Encontros Internacionais de Lisboa, e uma breve entrevista ao Diário de Notícias, por ocasião da Assembleia Geral do CLIPSAS. Fui igualmente entrevistado durante 50 minutos para o programa dominical do RCP entre as 13 e as 14h. E fui o principal entrevistado numa peça de reportagem sobre a Maçonaria em Portugal emitida pela SIC-Notícias em Julho passado e acessível através do nosso portal na Net.

Estão actualmente previstas mais três reportagens televisivas com a minha participação - uma no canal 1 da RTP sobre as relações entre a Maçonaria e a Igreja Católica, outra no Canal Memória da mesma RTP e outra ainda na TVI. E no próximo Domingo será emitido no RCP, entre as 13 e as 14h, um diálogo de 50 minutos entre mim e o dominicano Frei Bento Domingues, no novo programa intitulado “Olhos nos Olhos” que passou a ocupar aquele horário da grelha.

Àqueles que porventura considerem excessiva e imprópria esta multiplicação de presenças do Grão-Mestre na comunicação social, fruto da nossa preocupação em torno de uma maior transparência e visibilidade do GOL, lembro as palavras do então futuro Grão-Mestre Sebastião Magalhães Lima no Congresso de Paris, em 8 de Dezembro de 1905:

“É uma ilusão supor que, numa época como a nossa, se pode evitar a publicidade. Assim como o nadador não tem a força e o poder para contrariar a corrente, ninguém tem força e poder para contrariar a sua época ou o seu meio. A publicidade, quer os maçons queiram quer não, há-de dar-se”.

Pouco antes, porém, tivera a preocupação de precisar que, quando falava em publicidade, não queria de modo algum referir-se, e cito, “ao segredo maçónico que é inviolável, mas a actos maçónicos que, ao contrário convém propagar e divulgar e propagar, a actos que não podem senão honrar a Maçonaria (…) e que são de molde a (…) demonstrar a elevação moral e intelectual dos maçons”, podendo servir “para atrair novos adeptos”.

Lúcidas palavras proferidas há mais de cem anos e que ganham hoje, na sociedade mediática em que vivemos, ainda mais actualidade”.

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